Ortografia
Palavras parecidas, mas diferentes
Sinônimos e Antônimos são úteis tanto na resolução de questões gramaticais mais técnicas (a substituição de um termo pouco conhecido ou repetido por outro mais usual pode ajudar a responder questões que exploram classes gramaticais, por exemplo) e também garantir variedade lexical e marca de autoria em uma redação.
Já, homônimos e parônimos podem ser uma grande fonte de "pegadinhas" em provas técnicas, e também gerar problemas ortográficos, afetando a pontuação de uma redação na norma padrão, mas também, eles podem acarretar grandes problemas semânticos em um texto, causando impacto no quesito de coesão e coerência.
1. Sinonímia
Sinônimos são termos que se correlacionam em seus significados, podendo ser intercambiáveis em uma sentença, sem grande prejuízo de sentido. Alguns lexemas são considerados sinônimos perfeitos, o que significa que o uso de um ou de outro não allterará em nada a ideia passada.
Por exemplo, o termo "léxico" equivale perfeiramente a "vocabulário".
Já, os sinônimos imperfeitos são palavras muito próximas em sentido, mas cujo significado não é 100% idêntico, podendo alterar a intenção ou efeito quando usadas.
Por exemplo: bonito, lindo, fabuloso.
Dizer que ama algo ou que adora essa mesma coisa, pode ser considerada uma gradação do sentimento.
2. Antonímia
Antônimos são termos que apresentam significados opostos, como bom e ruim, por exemplo.
Outros exemplos: novo e velho; caro e barato; alto e baixo; entrada e saída, etc.
3. Homonímia
Homônimos são termos que têm a mesma grafia e mesmo som, porém seu significado é diferente. São homônimos, por exemplo: chocado (verbo chocar) e chocado (supreso). A única diferença entre esses dois termos será semântica e ela é evidenciada pelo contexto de uso da palavra.
Homógrafos são termos que possuem a mesma grafia, porém o som e o significado serão (mesmo que levemente) diferentes. Por exemplo, jogo pode ser tanto pronunciado com o primeiro "o" aberto /ó/, quando referir-se ao verbo jogar conjugado na primeira pessoa do singular no presente do indicativo: "eu jogo xadrez desde a adolescência", ou pode ser pronunciado com o "o" fechado /ô/, quando referir-se ao substantivo: "o jogo da seleção irá ser televisionado".
Homófonos são termos que possuem o mesmo som, mas possuem siginificados difererentes e são grafados de forma diversa. Normalmente, homófonos são responsáveis por grandes confusões e erros ortográficos. Por exemplo, concerto de violino é a apresentação musical com esse instrumento, enquanto conserto de violino é o reparo do instrumento.
4. Paronímia
São palavras com significados diferentes, mas que possuem grande proximidade na grafia e na pronúncia. Por causa disso, é comum haver confusão no seu uso em redações, o que pode representar penalidade no uso da norma padrão, mas também pode afetar no quesito de coerência do texto.
Problemas ortográficos comuns
1. O uso dos porquês
Por que
Normalmente, usado em sentenças interrrogativas:
Por que o mundo é assim?
Também pode ser usado como sinônimo de "por qual" (preposição + pronome relativo)
Não entendo por que motivos há tantas regras na gramática.
Outro uso é com a intenção de explicitar um motivo:
Não vim por que estava sem tempo.
Por quê
Usado no final de sentenças interrogativas:
O mundo é assim por quê?
Porque
Usado como conjunção explicativa, o "porque" tem a mesma função de pois:
Uso redes sociais porque gosto do entretenimento.
Porquê
Classificado como substantivo, o "porquê" é acompanhado por artigo masculino (o, um) e pode ser flexionado em número , sendo usado no plural "os porquês".
Li muitas críticas a respeito da série da Netflix, "os treze porquês".
2. Outras regras ortográficas
O uso do hífen
A reforma ortográfica mudou algumas situações do uso de hífen, o que torna essa assunto particularmente interessante para provas que cobram gramática normativa.
Usa-se hífen em palavras compostas ou prefixadas, quando o primeiro termo termina em vogal e o segundo termo inicia-se também com a mesma vogal: micro-ondas, anti-inflamatórico.
Vogais diferentes se juntam, vogais iguais se separam.
autoajuda, autoescola, miniovo.
O hífen é utilizado quando o prefixo termina em -r e o segundo termo inicia-se também em r: inter-racial, super-resistente, etc.
O mesmo acontece quando o segundo termo inicia-se por h: inter-hospitais, sub-humano, etc.
O hífen também é usado após os prefixos ex-, sem-, recém-, além-, pós-, pré-, pró: ex-professor, sem-terra, além-mar, recém-casados, pós-graduação, pré-natal, pró-ativo.
Após grã- ou grã-: grão-mestre, grão-vizir, Grã-Bretanha;
Em substantivos compostos cujo nome é escrito com palavras separadas: couve-flor, guarda-roupa, erva-doce, etc.
Após bem- e mal-, quando o segundo termo é iniciado por vogal ou h: bem-humorado, mal-estar, mal-amado.
Atenção: Palavras compostas por prefixos terminados em vogal e cujo segundo termo é iniciado por S ou R são escritas sem hífen e, para conservar a indicação fonética, deve-se dobrar a consoante R ou S. Por exemplo: autorrota, autorretrato, antissocial, autossatisfação, etc.